Meio manchado e tão velho que nem lembro
É daquelas coisas que eu nunca espalho
Guardo feito relíquias aqui dentro
Fui fundo nas minhas memórias
E o encontrei tão vivo
Ainda contém tantas histórias
Vinte poucos anos de um livro
As páginas foram escritas
Montando um quebra-cabeças
Onde cada peça tem vida
Vitórias e derrotas intensas
O tempo Senhor de tudo
Passou e eu em percebi
E agora eu penso, quase mudo
Em tudo o que eu já vivi
Já falo com a propriedade
De quem aprendeu a viver
Aprendeu a amar de verdade
E também a deixar de crer
Os sorrisos sempre voltam para casa
Depois dos testes enviados por Deus
O destino sempre mostra suas garras
E ai a gente vê que cresceu
O menino ainda existe
Ele ressurge no olhar
Que se mostra feliz ou triste
Pois aos poucos começa a lembrar
Que muitas coisas não voltarão
Que uma vida ficou para trás
Mas ele ainda sente no coração
Que a vida lhe reserva bem mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário