segunda-feira, 9 de julho de 2012

Obra prima





Soou de leve, bem baixinho
Com a calma de um suspiro
Foi bem do jeito que eu prefiro
Me atingiu feito um tiro
Mas era puro carinho


Tatuou nos meus olhos um brilho
Com seu olhar de menina
Veio de dentro das retinas
Como uma aurora vespertina
Que la nos céus faz seu trilho


Desenhou teu rosto magia
Com nuvens feitas de algodão
Doce e pura ilusão
Que se transforma em canção
Em meio a tanta poesia


Tua voz que é canção de ninar
Melodia de um sonho meu
Aonde essa poesia nasceu
A "pedra que bate" então leu
E quis por si lhe mostrar


Teus olhos são um par de estrelas
Folhas secas com cor de outono
Se lembro a noite eu perco o sono
De mim eu já nem sou dono
E vou pra janela apenas para vê-las.


Guardei esse desenho junto aos meus
Obra rara, obra prima
Alguma coisa divina
Pois acho que essa menina
Só pode ser arte de Deus.

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