sábado, 30 de junho de 2012

Vamos!

Vamos falar de coisas simples como o sol a lua e estrelas.
Tão simples que você não pode toca-las.
Vamos cantar os versos livres
Frases que vão soar nas madrugadas

Vamos falar de coisas grandes , como o amor e esperança
Tão grandes que você não sabe senti-los
Vamos jogar ao ar desejos
E nunca mais reprimi-los

Vamos falar de coisas loucas,
Como os largos sorrisos falsos
Tão loucos como os sentimentos
Que encurtam os nossos passos

Vamos falar das pessoas más
Pessoas frias por mágoa
Tão más que você não pode muda-las
Humanos feitos de aguá

Vamos falar da água
Que escorres dos seus olhos negros
Pingos que são toneladas
Carregados de dor e segredos

Vamos falar, cantar, chorar e amar
Vamos deixar de nos enganar
Vamos ser fracos uma vez
Vamos deixar rolar.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

É fácil ?


Na vida talvez o importante não seja o que você consegue e sim o que você aprende, objetivos conquistados é parte da recompensa maior que é o aprendizado, filosofias de vida se desmancham ao percorrer do caminho, surgem novas frases, novas bases e só então novas fases. Você é condicionado a acreditar que a melhor parte da luta é quando bate, mas esquece que a dor é que faz você lembrar de quando apanhou, e qual é a melhor lembrança? A que fez você crescer ou a mais plausível ?
É muito fácil pedir e ganhar, será que agradecer é tão fácil assim também?
É muito fácil opinar no que já estra pronto, sera é que é  fácil criar também ?
É muito fácil engolir os contras, sera que é tão fácil mastiga-los ?
É nessa hora que você se poe a perguntar, mas nem se quer tenta responder?
E sera que é porque não consegue responder, na verdade não sabe responder.
Na vida talvez o importante não seja o que você consegue e sim o que você aprende, talvez esse aprendizado faça com que você consiga responder perguntas tão simples mas ao mesmo tempo tão difíceis.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

1/2







A bela e contraditória faceta iluminada da lua lá fora hoje esta tão igual a tudo, a metade de um astro que inspira lunáticos como eu ou como você, é você também, ou vai me dizer que nunca dissestes que é de lua?

Mas o fato é que ela hoje esta pela metade, assim como a grande maioria dos sonhos dos habitantes desse planeta que cada dia mais parece se romper pela metade, quase ninguém mais crê por inteiro, ninguém mais ama por inteiro, ninguém mais sente por inteiro, se entrega por inteiro, a metade espera realizações cair do céu, a outra metade realiza a coisas pela metade, um metade estende a mão e levanta um semelhante, a outra metade chuta e os derruba de novo, a metade tenta tornar esse mundo melhor, a outra metade se contenta com ele pela metade mesmo, a metade luta por objetivos concretos e vota certo, a outra metade mantém os que deixam nossos sonhos pela metade no "Castelinho de Concreto", metade "desses" que gastam metade do "seu salário" numa gravata confabulam com a outra metade que gasta metade da sua paciência tentando fazer você acreditar pelo menos em metade do que "eles" dizem, pena que somos uma metade alienada da outra metade atrasada, pena que somos metades loucos e a outra metade poucos.

Vamos nos levantar e lutar pela metade que nos falta, pela metade que é barata, pela metade que completa, pela metade desperta, pela metade que domina, pela "metade que ensina", pela metade que quer aprender, pela metade que quer crescer, pela metade de tudo que vai nos completar, a Lua também foi feita para nos lembrar que até a metade mesmo demorando, um dia se torna um inteiro. Então sejamos unidos, sejamos o "Inteiro".

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Saudade.

Existe algo aqui dentro  maior do aquele sol la fora.
Algo que sufoca dizendo: "preciso ir embora" !
Que simplesmente chega e me cala  agora.
Mas ao mesmo tempo diz: "Chora"!
Que nunca pede, implora.
Algo que com você não rola.
Um peso estranho que o coração esfola
Na minha alma se escora
Que não aprendi na escola
E ao meu peito pede esmola
Que chega sorrateiramente e assola
Que se contrai e se expande feito mola
Não me deixa em paz, que me esconde a verdade
Existe, persiste e resiste , assim eu falo de Saudade.



terça-feira, 26 de junho de 2012

Uma "Coisa distinta" feita para uma "Coisa distinta".


"Natalua”









Não hesitei e olhei, havia algo encobrindo-a e também as “velas” acesas do céu.
A fina nevoa que inebria e embriaga, camuflava algum tesouro.
Tentei mirar o que se escondia atrás do véu.
Ao forçar os olhos disse: “o que será aquilo que lampeja feito ouro?”.
Longe se encontra, não posso tocar se quer ir buscá-la.
Imaginando seus traços lentamente.
Aos poucos ela surgia aos poucos ela se mostrara.

Neste momento chamei-a, mas resposta eu não obtive.
A névoa não se dissipara, era densa.
Tentava ela esconder-se entre as “velas” tão livres.
Ainda se mantinha lá, aquela imagem pouco intensa.
Lá ela brincava, brincava de esconde-esconde.
Insistia em bailar sozinha.
Ainda ia e vinha e eu não sabia de onde.

Notei que a nevoa fugia e aos poucos diminuíra.
Aquela dança sem música acalmara.
Também vi um céu que existia.
Abria-se para contemplar a beleza tão rara.
Lineares curvas perfeitas.
Inigualável obra divina.
Assim a noite se enfeita, assim surgiu algo lá em cima.

Noite linda nascendo lá no alto ao fundo.
Além, bem além do véu que se diluiu em nada.
Tenho agora todo tempo do mundo.
Alguma coisa estava lá, pronta pra ser desvendada.
Levei a mão ao peito quando vi.
Inventei um poema pra descrever.
Algo que é raro sentir, algo que é tão raro prever.


Naveguei por um mar de luzes.
Armadas de uma doçura sem fim.
Teria um tesouro além das nuvens?
A o ver aquilo eu disse: Sim!
Lentamente vi teu olhar.
Imigrando da noite escura.
Alvo, brando a brilhar, que a “treva” sempre censura.

Noites fechadas se abrem.
Almas escuras também.
Teus olhos e olhares não cabem.
Aonde a nevoa detém.
Lua, de duas faces, luz e escuridão.
Impar contradição.
Amparados por dois diamantes e um sorriso “clarão”.

sábado, 16 de junho de 2012

Tempo


"Depois dessa ventania o temporal"- Essas frases vindas de uma música que toca tão alto nos meus fones de ouvido ecoaram pelos meus tímpanos como um resumo dos últimos dias, de repente me sinto dentro de um furacão que vai arrasando tudo que toca por onde passa, as idéias se confundindo e se difundindo umas com as outras fazendo com o que o normal já não pareça tão normal.
Sempre queremos algo que seja viável, que se adapte com a gente assim como a gente tenta se adaptar a tal, mas nem sempre é assim não é? E acho que é ai que vamos de encontro aquelas questões que temos como absolutas mas parecem que nunca vamos ter de enfrentá-las.
É como se você fosse levado a um passado em que reflete um futuro já presente, ter que enfrentar a vida de frente, fazer as escolhas corretas ou não e tocar adiante, com certeza estamos sujeitos aos piores erros tentando os melhores acertos e é isso que vai nos tornar capaz de voltar para si próprio e reescrever, redesenhar e percorrer por caminhos já conhecidos totalmente modificados pela ação do tempo.
Experiência.... Ah! Mas o que é realmente a experiência? Sinônimo de prática, ensaio,lição, ensinamento, palavras tão comuns no nosso dia a dia não é? Mas sinceramente você só sabe responder algumas dessas perguntas depois de ter um certa "experiência".
Você esta confuso? Não?
Bom, se esta, com certeza o tempo e vida vão desfazer as confusões por conta e se não esta é porque sabe exatamente sobre o que estou escrevendo.
O "tempo" não espera sentado com as mãos no queixo escorado na janela de madeira feita para aguentar a ação degradativa  do tempo por algum tempo, o tempo não perdoa, mas ele cura, o tempo também machuca, mas ele ensina, o tempo só passa, acena de longe e ri sarcasticamente  como se dissesse: "Estas perdendo tempo parado aí amigo".Assim é o tempo, você tem todo ele  e ao mesmo tempo não tem nenhum pouco.
A música que eu estava escutando, lembra ?? " Depois dessa ventania...." está acabando, o temporal esta acabando, o tempo esta mudando, passando, voando, e antes que eu perca ele de vista eu vou indo atrás.
Fui !

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Fim de Noite

Esperei chegar aquela hora em que ouço apenas os grilos, o som da ventoinha do PC e o zunido desesperador dos mosquitos intrusos e corajosos que ainda se animam a sair no frio para me importunarem e sugarem o tecido conjuntivo liquido que circula pelo meu sistema vascular, só para escrever palavras que muito poucos vão ler, desses muito poucos , uns 40 % vão achar que eu estava sob efeito de algumalucinógeno quando escrevi, outros 24,6 % vão dizer que é uma merda de uma viajem psicodélica sem fundamento algum, uns 6,4% vão ate achar interessante, 11% vão curtir alguma rede social e vão compartilhar com alguns amigos que certamente também se dividirão nas opiniões e outros 18% vão só olhar por cima, torcer o nariz e continuar fazendo o que sempre fazem, ocuparem espaço no mundo. Pois bem, estou e aqui sentado olhando para um lado e para outro esperando algo inspirador arrebatar meus pensamentos e as coisas começarem a fluir, mas já começo a perceber que hoje esta difícil, acho que a inspiração esta logo aqui atras de mim num formato retangular, com quatro pequenos pés, junto a um conjunto de tecidos que servem para me aquecer a noite e é isso, talvez uma boa noite de sono e um descanso seja o melhor a fazer para amanha escrever melhor.

domingo, 10 de junho de 2012

O sopro do Dragão Plumado

Estou exorcizando todos os meus medos com os sopros de dragões plumados, eles moram nas cavernas além das montanhas das duvidas e das dores, os sopros que devastam qualquer incerteza chegam até mim com aroma de rosas, passam e me arrepiam a pele. Esse mesmo sopro também aquece minhas inspirações, aquelas que estão congeladas no lado mais nebuloso de minha mente e então elas se derretem e escorrem pelos meus dedos e minam uma folha de papel , terreno nunca explorado, virgem e feito para receber os reflexos mais obscuros do meu pensamentos.
Os dedos que estavam gelados começam a sentir um formigamento a cada letra que desce e se desmancha em verso, a mente que estava pesada  se alivia e respira, meu peito respira, minha alma respira e ao final desse ritual, o terreno esta minado, as bombas prontas para explodirem e atingirem outras mentes.
Poesia, verso e canção se fazem presente ali com cada letrinha encarreirada, agrupada e cheirando a rosas, os dragões e seus sopros voltam para suas casas além das montanhas, as duvidas e as dores se fazem distantes, eu guardo um pluma que caiu no voo de um deles, ela ficará guardada aqui, pois haverá outro dia em que as letras, as palavras, as frases e os versos vão querer nascer, pensamentos vão estar novamente escondidos em minha mente, e vão querer fazer o mesmo caminho que todos os anteriores já fizeram, se derreterem em poesia numa folha virgem que vai estar a minha espera.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O dia que eu quis ser pássaro




E veio aquele pássaro
Veio e pousou ali
Gritava desesperado
Olhando pra todo lado
Sei que procurava algo
Sem saber aonde ir

Demorei a notar
A causa do alvoroço
Ele se pôs cantar
Um canto de angustia no ar
Que não podia calar
Chamando por um mais moço

Eu passava bem detraído
Já chegando às escadas
Mas como veio aos ouvidos
Aquele outro canto encolhido
Como se fosse um gemido
No outro lado da estrada

Parei e olhei observando
Que logo ali tinha vida
Voltei e segui tentando
Achar quem estava gritando
Desesperado chamando
Por uma mãe pra curar sua ferida

De um desencontro sem volta
Senti no momento a angustia
A mãe procurava de porta em porta
Sem saber se estava viva ou morta 
Pois por sua cria se importa
E não desistia da busca

Eu não podia ajudar 
Nessa hora queria ser Santo
Fui mais perto olhar
E pela mão de Deus esperar
Que mãe pudesse encontrar
O filhote que ama tanto

Eu não sei como foi o final
Da busca, da dor e tormento.
Mas aprendi que mesmo um animal
Tem um amor anormal
Que serve para o humano banal
Se espelhar e tomar como exemplo.


domingo, 3 de junho de 2012

NASCENDO



Acordei para rimar e me desprender de todas regras impostas, padronizadas, aquelas que são fixadas nas mentes vazias e caladas, rimar pra conseguir viver em um mundo onde é muito mais fácil ceder do que lutar.
Acordei para brincar com letras, palavras e frases que criam asas, queimam feito brasas as mentes congeladas pelo sistema, as mesmas que são pequenas e não conseguem se agigantar.
Abri os olhos e vi um mundo além das paredes claras, paredes que prendem as falas mas não pensamentos, paredes que escondem os olhares e todos os tormentos.
Abri os olhos e vi um raio de sol se espremendo pelas frestas da janela, trazendo novidades de um dia que abandonou a placenta de uma "mãe noite" fria e bela e um sutil assobio e um beijo do vento.
Mas percebi aos poucos que nem todas as novidades são belas, a cegonha trouxe o jornal que chegou trancafiando muitas feras, sim são noticias da babilônia la fora.
E as peças de um jogo de tabuleiro se debatendo em meio a um bombardeio de ódio, desapegos e descrenças, já são fatos previsíveis agora.
Me acordei de um sonho onde tudo era perfeito, o céu era enfeitado com nuvens doces, os pássaros entoavam canções dos meus músicos preferidos e as pessoas apenas viviam mais e não se acabavam mais.
Me acordei de um sonho onde se vivia bem.
Me acordei de um sonho onde se vivia em paz.


sábado, 2 de junho de 2012

Coisas que só surgem depois das 00:00.

A madrugada é apenas uma folha de papel em branco que só é rabiscada pela poesia inquieta, "esquizofrênica" e um tanto "psicótica" de animais estranhos, indecifráveis e imprevisíveis chamados seres humanos.