domingo, 3 de junho de 2012

NASCENDO



Acordei para rimar e me desprender de todas regras impostas, padronizadas, aquelas que são fixadas nas mentes vazias e caladas, rimar pra conseguir viver em um mundo onde é muito mais fácil ceder do que lutar.
Acordei para brincar com letras, palavras e frases que criam asas, queimam feito brasas as mentes congeladas pelo sistema, as mesmas que são pequenas e não conseguem se agigantar.
Abri os olhos e vi um mundo além das paredes claras, paredes que prendem as falas mas não pensamentos, paredes que escondem os olhares e todos os tormentos.
Abri os olhos e vi um raio de sol se espremendo pelas frestas da janela, trazendo novidades de um dia que abandonou a placenta de uma "mãe noite" fria e bela e um sutil assobio e um beijo do vento.
Mas percebi aos poucos que nem todas as novidades são belas, a cegonha trouxe o jornal que chegou trancafiando muitas feras, sim são noticias da babilônia la fora.
E as peças de um jogo de tabuleiro se debatendo em meio a um bombardeio de ódio, desapegos e descrenças, já são fatos previsíveis agora.
Me acordei de um sonho onde tudo era perfeito, o céu era enfeitado com nuvens doces, os pássaros entoavam canções dos meus músicos preferidos e as pessoas apenas viviam mais e não se acabavam mais.
Me acordei de um sonho onde se vivia bem.
Me acordei de um sonho onde se vivia em paz.


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