domingo, 10 de junho de 2012

O sopro do Dragão Plumado

Estou exorcizando todos os meus medos com os sopros de dragões plumados, eles moram nas cavernas além das montanhas das duvidas e das dores, os sopros que devastam qualquer incerteza chegam até mim com aroma de rosas, passam e me arrepiam a pele. Esse mesmo sopro também aquece minhas inspirações, aquelas que estão congeladas no lado mais nebuloso de minha mente e então elas se derretem e escorrem pelos meus dedos e minam uma folha de papel , terreno nunca explorado, virgem e feito para receber os reflexos mais obscuros do meu pensamentos.
Os dedos que estavam gelados começam a sentir um formigamento a cada letra que desce e se desmancha em verso, a mente que estava pesada  se alivia e respira, meu peito respira, minha alma respira e ao final desse ritual, o terreno esta minado, as bombas prontas para explodirem e atingirem outras mentes.
Poesia, verso e canção se fazem presente ali com cada letrinha encarreirada, agrupada e cheirando a rosas, os dragões e seus sopros voltam para suas casas além das montanhas, as duvidas e as dores se fazem distantes, eu guardo um pluma que caiu no voo de um deles, ela ficará guardada aqui, pois haverá outro dia em que as letras, as palavras, as frases e os versos vão querer nascer, pensamentos vão estar novamente escondidos em minha mente, e vão querer fazer o mesmo caminho que todos os anteriores já fizeram, se derreterem em poesia numa folha virgem que vai estar a minha espera.

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